VAMOS DE CARRO, PORQUE NÃO !!!

No Brasil, como se não bastasse o desleal antissistema tributário, que pune pesadamente os menos abastados, são ainda necessárias políticas específicas para "completar o serviço" e, na maioria das vezes, por meio da eficiente técnica da cobrança indireta ou, como é conhecida, da cobrança na fonte, em que o verdadeiro pagante pouco sente e não tem como protestar.

Vejamos o caso do pobre usuário do transporte coletivo rodoviário, comparado com o usuário do transporte individual. Os automóveis nas estradas, além de exigirem pesados gastos públicos, representam enorme risco ao meio ambiente e de vidas humanas. O transporte individual, que representa um luxo, deveria sofrer forte restrição e, no mínimo custar mais caro. 

Porém, tudo é as avessas! Essa política é aplicada naquele pobre usuário do transporte coletivo, como se fosse ele o agente do mal.

Na verdade, em muitos casos, os carros podem desviar os pedágios, mas deles o viajante de ônibus não pode fugir. Apesar da matança em larga escala, o Estado não cobra taxas de fiscalização dos veículos particulares que trafegam nas estradas e, obriga a inspeções e cobra taxas de fiscalização de quem viaja de ônibus.

Para culminar a penalização, o viajante de carro particular não paga pelas isenções das passagens oferecidas generosamente pelo governo a inúmeras pessoas e categorias profissionais. Sendo assim, será o pobre viajante de ônibus quem vai "pagar o pato", porque é pobre ou remediado!

Bem, nem tudo é ruim. Essa política vêem estimulando um próspero negócio de transporte clandestino de passageiros, disfarçado de "excursão". Por outro lado, também o rico será penalizado, não no bolso, mas no trânsito complicado.

Fiquem com Deus e tenham uma ótima semana. Um grande abraço, Alex.

AVENTUREIROS DO TRÂNSITO !!!

Começo esta postagem agradecendo e me desculpando dos amigos leitores, pelo período que passei sem o nosso contato semanal, foram 2 semanas de férias revitalizantes. Agora com as baterias recarregadas volto ao nosso convívio semanal em total harmonia e paz. E que o Ano, comece!

Em minhas férias dirigindo de Porto Alegre à Florianópolis observei que mesmo sendo um período pós Carnaval, em que viajávamos no contra fluxo do trânsito, o que deixava a viagem reduzida ao tempo normal de 5:30h à 6 h de viagem. As obras de duplicação da BR 101 continuam acarretando alguns pontos de trafego lento, nada comparado à alta temporada de verão, que chegou a duplicar o tempo,de 6h para 12h.

Mesmo com todos os investimentos federais e estaduais recebidos para a duplicação tão importante da BR 101, o aumento sem precedentes da frota de veículos está determinando novos comportamentos dos viajantes não somente do extremo sul, mas do Brasil em geral no período de férias.

Agora já não é possível sair para uma viagem sem um mínimo de planejamento, que deve incluir, além da revisão cuidadosa do carro, escolha criteriosa de horários, previsão de paradas e muita, mas muita paciência.

Em momentos de maior movimentação deste verão, famílias inteiras ficaram retidas nas estradas por horas seguidas, sob intenso calor e, em muitos casos, sem água e alimentação.

Antes dos cidadãos, as autoridades precisam fazer a sua parte, a começar pela identificação e divulgação dos gargalos de retenção de trânsito na principais rodovias, e intensificar a fiscalização, até mesmo para que irregularidades de motoristas impacientes não aconteçam, como transitar no acostamento e até invadir a contramão, o que complica mais ainda a situação.

O comportamento dos condutores continua sendo um obstáculo tão importante quanto as obras inacabadas. Motoristas inexperientes, imprudentes, ousados e egoístas acabam prejudicando aqueles que observam rigorosamente as normas. Ao reduzir  a marcha, por pura curiosidade de observar qualquer ocorrência, alguns motoristas provocam acidentes e ondas de lentidão, que refletem em todo o fluxo.

Por mais modernas, seguras e bem sinalizadas que estejam, as estradas não têm antídotos para maus cidadãos. Mas a sociedade tem! Por isso são importantes os radares, as câmeras de segurança e agentes de trânsito que efetivamente punam os infratores.

Os congestionamentos que se verificaram neste verão nas estradas que ligam as principais capitais do país ao litoral e às cidades turísticas, comprovam que o Brasil está diante do seu maior desafio em relação ao trânsito de veículos. E que todas as soluções passam, definitivamente, pela revisão da conduta da máquina humana!

Fiquem com Deus e tenham uma ótima semana, um grande abraço, Alex.